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Cão-guia: como surgiu essa ideia, benefícios e cuidados

01 setembro Marcia Cruz 0 Comments


Hoje quero compartilhar com você curiosidades sobre o cão-guia, usados para ajudar deficientes visuais. Afinal, como surgiu essa ideia e como eles são treinados para isto? Outro ponto importante é como a gente deve lidar com um cão-guia, já que o animal não pode se distrair, para não criar situações de risco ao seu dono.

As raças mais comuns de cães-guias são Labrador, Golden Retriever e Pastor Alemão, e como temos um golden, o Aquiles, que completará um ano dia 13 de outubro, e é uma raça super sociável e brincalhona, fiquei ainda mais interessada em saber como esse lindo projeto surgiu e como ele funciona. Vamos lá?


COMO SURGIU O PROJETO DE CÃES-GUIAS

Os cães-guia trazem mais segurança e agilidade aos deficientes visuais. Os peludos são responsáveis por alertar ao chegarem perto de uma rua para atravessarem, desvia de buracos, descidas e até galhos de árvores. Por serem os olhos dos deficientes, eles não devem ser distraídos por pessoas, cheiros ou outros animais, pois se ele tirar a sua atenção daquele momento, o seu dono pode ser colocado em perigo.

Mas, afinal como surgiu essa ideia de usar cães para este fim? A versão mais conhecida diz que o projeto surgiu com o médico alemão, Dr Gerhard Stalling, que teve a ideia de treinar um grande número de cães para ajudar soldados que ficaram cegos na Primeira Grande Guerra. Ao passear com um paciente pelos jardins do hospital, na companhia do seu cão, ele os deixou às sós por um momento e, ao voltar, teve a certeza de que o seu cão estava a tomar conta do paciente cego. Assim, ele resolveu estudar formas de treinar cães para que se tornassem guias e, em agosto de 1916, abriu a primeira escola do mundo de cães-guia para cegos, em Oldenburg.

A escola cresceu, e abriu novas filiais em Bona, Breslau, Dresden, Essen, Freiburg, Hamburgo, Magdeburgo, Münster e Hannover, que educavam 600 cães por ano e não apenas para ex-soldados, mas também para pessoas cegas no Reino Unido, França, Espanha, Itália, Estados Unidos, Canadá e União Soviética.

Infelizmente, a parceria acabou em 1926, mas nessa altura, apareceu em Potsdam, perto de Berlim, outra grande escola de treino de cães-guia, que teve grande sucesso. O seu trabalho abriu novas perspectivas no treino de cães-guia, tendo permanentemente cerca de 100 cães nas suas instalações e entregando 12 cães por mês. Nos seus primeiros 18 anos, a escola educou cerca de 2500 cães-guia para cegos, com uma taxa de insucesso de apenas 6%.

Mais ou menos nesta altura, uma milionária americana, Dorothy Harrison Eustis, já treinava, na Suíça, cães para o exército, polícia e serviços aduaneiros. Foi com a sua determinação e experiência que lançou internacionalmente o movimento de cães-guia para cegos. Quando ouviu falar da escola de Potsdam, Dorothy quis estudar os seus métodos e passou vários meses lá. Voltou tão impressionada, que, em outubro de 1927, escreveu um artigo sobre a escola para o jornal americano “Saturday Evening Post”.

Um cego americano chamado Morris Frank ouviu falar do artigo e comprou o jornal. Mais tarde disse: ”Os 5 cêntimos que paguei pelo jornal permitiram-me comprar um artigo que valia mais de um milhão de dólares. Mudou a minha vida”. Escreveu a Eustis, para lhe dizer que gostaria muito de ajudá-la a introduzir os cães-guia para cegos nos Estados Unidos e assim nasceu a parceria. Dorothy, então, treinou um cão, o Buddy, e levou Frank para a Suíça para aprender a trabalhar com o cão.

Ele voltou aos Estados Unidos com o que acreditava ser o primeiro cão-guia para cegos da América. No entanto, está provado que uma organização italiana, a Sculola Nazionale Cani Guida per Ciechi, já tinha iniciado a sua atividade em 1928. O sucesso desta experiência encorajou Dorothy a formar as suas próprias escolas de cães-guia em Vevey na Suíça em 1928 e mais tarde nos Estados Unidos.

Na verdade, bem antes de Dr Gerhard Stalling, o médico alemão, existem alguns relatos e, inclusive, uma gravura mural presente nas ruínas romanas do século I da cidade de Heculaneum, mas o que realmente importa é que a ideia é maravilhosa e é um grande sucesso em todo o mundo.



COMO UM CÃO SE TORNA CÃO-GUIA?

Como eu disse, Labrador, Golden Retriever e Pastor Alemão são as três raças mais comuns de cães-guia.

O treinamento leva quase dois anos e podem começar quando eles nascem, com a avaliação do animal pelas escolas de treinamento, o que vai durar até os dois meses. Após a “seleção”, o peludo vai para uma família hospedeira, que vai cuidar dele e darão o treinamento básico de obediência e de socialização até que ele complete um ano, quando ele retorna à escola de cão-guia para finalizar o treinamento.

Apesar do esforço do animal durante o treinamento, não são todos que se mostram aptos para exercer a função. Cerca de 50% dos animais não são aprovados para a tarefa. Os cães que forem aprovados devem trabalhar na função até os oito ou dez anos de idade. Após esse período, o cachorro deve ganhar um novo lar e se aposentar.



IMPORTANTE!! CUIDADOS QUE VOCÊ DEVE TER AO ENCONTRAR COM UM CÃO-GUIA:

- Não o acaricie enquanto ele estiver trabalhando, ou seja, enquanto estiver com a guia específica. Isso pode distrair o animal.

- Eles não se comportam como cachorros comuns.

- Ao se dirigir a um deficiente visual que esteja acompanhado de um cão-guia, fale apenas com ele. Se aproxime pelo lado direito dela, para que o cão-guia se mantenha à esquerda.

- Os cães-guia estão aptos a permanecer em qualquer tipo de estabelecimento ao lado de seus donos, sem causar qualquer alteração ao funcionamento normal ou causar qualquer incômodo às pessoas que estão ali.

- Os cães-guia possuem um horário estabelecido para comer, por isso não ofereça comida ou qualquer tipo de guloseimas.

- Também tem horários e locais pré-determinados para fazer as necessidades.

- É de extrema importância que você não corra ou tenha qualquer atitude suspeita com o dono dos cães-guia. Nunca toque na guia do cachorro.

- Os cães-guia também são treinados para permanecerem ao lado de seus donos no local de trabalho deles.



DIREITO DOS CÃES-GUIAS E OUTROS CÃES ASSISTENTES

Os cães-guia têm o mesmo direito que os seus donos para gozar de livre acesso a todos os locais públicos e privados, conforme previsto na Lei no. 11.126 (clique e confira a lei), conhecida como a Lei do Cão-Guia.

Em abril de 2018, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), do Senado, aprovou uma alteração na lei, contemplando também outras categorias de  cães de assistência, como cães-ouvintes, que alertam pessoas com deficiência auditiva sobre sinais sonoros; cães de alerta, cujos sentidos aguçados percebem quando alguém pode ter uma crise diabética, alérgica ou epilética; cães para autistas, que ajudam a confortar o usuário durante eventuais crises; e cães para cadeirantes, que abrem e fecham portas, pegam objetos pouco acessíveis ou caídos no chão e apertam botões de elevadores.

O projeto é de autoria do senador Ciro Nogueira (PP-PI) e também prevê multas e interdição impostos à empresa de transporte ou ao estabelecimento público ou privado que praticar discriminação ou impedimento da entrada do cão, inclusive a locais de uso individual, como guichês de atendimento e cabines de banheiros.

Dia 23 de maio, o PLS 411/2015 foi encaminhada à Câmara dos Deputados e precisa da cobrança de todos nós para que saia do papel e vire lei.

Vamos, então, fazer a nossa parte e cobrar a aprovação do projeto. CLIQUE AQUI e acompanhe o andamento do processo, incluindo os direitos aos demais cães de assistência e também as multas, pois quando toca no bolso as coisas parecem funcionar melhor.

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