Cidadania,
- Advogado da Temporini Silva Sociedade de Advogados
- Especialista em Direito Arbitral
- Vice-presidente do IMAT - Instituto de Mediação e Arbitragem do Alto Tiete - São Paulo
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A realidade da mediação escolar
Por Luiz Eduardo da Silva*
Tem sido crescente a preocupação do setor de ensino, principalmente na área pública de dar tratamento adequado às disputas que surgem na convivência envolvendo o ambiente escolar.
Tem sido crescente a preocupação do setor de ensino, principalmente na área pública de dar tratamento adequado às disputas que surgem na convivência envolvendo o ambiente escolar.
É comum que existam
conflitos que envolvam professores e alunos, alunos com alunos, professores com
professores, estes com coordenadores e diretores a ainda com os pais dos
alunos.
Como resolver isso
de maneira que a mudança de comportamento se faça presente?
É necessário que
haja uma capacitação de educadores num primeiro momento, e dos próprios alunos
posteriormente, para que haja adoção de procedimentos através de criação nas
escolas de um Núcleo de Prevenção de Conflitos que visam em suma administrar as
diversas formas de divergência que envolve
o comportamento de todos no âmbito escolar.
Na prática se busca
que o professor capacitado, após compreensão da demanda, adote procedimento de
orientação às partes envolvidas, utilizando o chamado processo de escuta
qualificada, sempre com uso de metodologia que propicie a construção de solução
do conflitos de forma a propiciar a pacificação entre os litigantes.
Importante salientar
que na medida que o conflito envolve os pais dos alunos, está interligado um
processo de mediação social, que consiste em propiciar incentivar uma
organização comunitária que possa ter seu núcleo de resolução preventiva de
conflitos que complementará o trabalho que a escola cria.
Nessa linha a
intervenção dos órgãos públicos tende a perder espaço, sendo acionado somente se
permanecer a divergência.
O primeiro passo é
capacitar os profissionais ligados ao ensino para atuarem como mediadores
sociais, com o intuito de proliferar a cultura da pacificação e de resolução de
conflitos envolvendo a escola, a família e a própria comunidade.
São alvo os
professores, psicólogos, pedagogos, assistentes sociais, os diretores de
escola, os coordenadores de ensino, a guarda municipal, e até integração com o
Conselho Tutelar.
São importantes que
se abordem tópicos como a valorização da dignidade da pessoa humana, a mediação
e a conciliação como novo paradigma da justiça, a melhoria na comunicação, as
formas de resolver conflitos, suas espécies, principalmente com foco na melhoria
gradual de relacionamento à partir do ambiente escolar.
Num segundo momento
os alunos passam a participar como formação também em mediadores em suas salas.
A chance de uma projeção que diminua evasão escolar, bullyng, atitudes
violentas, desrespeito e desinteresse é grande.
Daí começam
surgir experiências como ciclos restaurativos,
justiça restaurativa, mediação e constelação familiar, de forma a tornar melhor
a vida em sociedade e contribuir para melhoria de comportamento à partir do
núcleo escolar.
Já existem tímidas
experiências a respeito, contudo, é crescente o interesse entre educadores e
profissionais como psicólogos, pedagogos, assistentes sociais e lideres
comunitários em se integrar no projeto, que sem dúvida significa avanço social
e mais que isso marco para a própria cidadania
* Luiz Eduardo da Silva
- Advogado da Temporini Silva Sociedade de Advogados
- Especialista em Direito Arbitral
- Vice-presidente do IMAT - Instituto de Mediação e Arbitragem do Alto Tiete - São Paulo
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