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Como apresentar cães e gatos – e vice-versa

15 fevereiro Redação DBV - Dicas Bem Viver 0 Comments

Ainda que cães e gatos falem línguas diferentes, é totalmente possível conviverem em harmonia. Arriscamos afirmar, inclusive, que em muitos casos juntar as duas espécies dá mais certo do que cão com cão e gato com gato. Claro, as chances de sucesso aumentam quando há uma apresentação adequada (e isso vale até para nós, humanos, hehe),então, vamos aos caminhos dos bigodes e focinhos.

Se você não tem nenhum bicho e pretende comprar ou adotar filhotes, não vai precisar de muito mais do que paciência com as traquinagens – é lindo ver as ‘cri-onças’ interagindo e se divertindo. Mas quando um dos dois já está na casa, a conversa é um pouquinho diferente. Vamos saber como se comportar nos diferentes casos. 



Se você já tem um gato e vai trazer um cão

– Um filhote de cachorro pode ser uma boa escolha para uma casa que já tem gatos: a diferença de tamanho é menor e o bebezão aprenderá rapidamente os limites: não há nada como uma patadinha de um gato no nariz para dizer a um cachorro que “basta!”

– Crie um espaço seguro para o seu gato, colocando um portãozinho para que ele tenha sossego quando necessário. Móveis altos e prateleiras também são boa ideia.

– Quando um gato se sente ameaçado, seu instinto natural é fugir, e se o do cão é perseguir, os resultados podem ser trágicos – cães de caça e terriers precisam de atenção redobrada.

– Antes de apresentar os animais, canse bem seu filhote – se ele ainda não pode passear na rua, brinque, jogue bolinha ou faça sessões de treinamento de obediência. Se o cão usou toda a sua energia extra, as chances de assustar o gato com suas saudações entusiasmadas diminuem.

– Ao fazer as apresentações, mantenha seu filhote na guia e observe a linguagem corporal – nem sempre o rabo abananado quer dizer ‘e aí, carinha, legal te conhecer!’. Recompense-o quando estiver relaxado ou até desinteressado. Faça pequenas sessões ao longo de uma semana, e não permita que eles fiquem sozinhos sem supervisão nesse período. Avalie, a cada dia, a evolução da dupla, até ter certeza de que tudo está em harmonia.

– Colocar paninhos com o cheiro do outro animal no local onde eles dormem também ajuda na familiarização.

– Ah, e não se esqueça de aparar as unhas do bichano para, no caso de uma eventual patada, não ter um cachorrinho sangrando.

Se você já tem um cão e vai trazer um gato

– O processo de adaptação é bastante semelhante, mas se o cão é de grande porte, os cuidados devem ser redobrados. Se os passos iniciais funcionarem bem – apresentação em local seguro, com o cão na guia cheirando o filhote, sem momentos de muita estabanação – você pode, gradativamente, permitir que interajam no mesmo espaço, sempre com supervisão. Uma ideia é colocar o gato sobre uma mesa, ao seu lado, e dar brinquedos ou biscoitos para que o cão se entretenha no mesmo espaço, o que fará com que o peludo associe o novo companheiro a coisas boas.

O importante ao apresentar cães e gatos, gatos e cães, cães e cães e gatos e gatos é não ter pressa. Cada animal tem um tempo de adaptação, e vale lembrar que o peludo mais antigo na casa sempre deve ter privilégios e carinhos para que se sinta seguro, mesmo com a chegada de um novo membro na matilha.

Por Cláudia Pizzolatto e Regina Ramoska