Cidadania,

Lavar roupa suja nas redes sociais tem se tornado algo frequente. Mas o que este hábito diz sobre quem resolve desabafar desta forma? Leia e confira!

12 dezembro Marcia Cruz 0 Comments

Uma coisa é certa: cada vez mais estamos conectados e vivendo também de forma virtual. E, como na vida real, as a vida virtual também nos traz alegria, bons contatos, bons momentos, mas também estress e riscos. Um deles é lavar roupa suja nas redes sociais. Algo, infelizmente, constante! 


E para que possamos refletir um pouco mais sobre este comportamento nocivo e até mesmo perigoso, compartilho com você um artigo de Taísa Szabatura, que foi publicado no Alfa, com ilustrações de Davi Augusto. 

Vale a pena dá uma conferida!

O HOMEM SOCIAL - Por Taísa Szabatura

Fotos comprometedoras, barracos e até demissão: o Facebook e as redes sociais se tornaram palco para todo tipo de comportamento. “Venho por meio desta informar que Fulana de Tal é uma vagabunda.” Essa frase, além de abominável, é só um exemplo dos ataques e desabafos que ocorrem todos os dias no ambiente virtual. De acordo com o coordenador da unidade de psicologia da Universidade do Estado de São Paulo, Cláudio Edward dos Reis, no passado havia a ideia de que só a mulher fazia fofoca ou gostava de dar escândalos em público. “Isso, porém, era machismo da época. Todos estão sujeitos a exagerar”, diz. Prova disso é que, mesmo após somente 106 palavras desta reportagem, possivelmente você já se lembrou de algum primo, um amigo, um colega de trabalho ou talvez até o seu chefe perdendo a mão quando o assunto é privacidade na internet.


“Os homens ainda são mais eufóricos e sensíveis do que as mulheres na hora de extravasar as emoções”, diz o coordenador do grupo de dependências tecnológicas do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo, Cristiano Nabuco. Ele explica que, por uma questão histórica, os homens sempre foram condicionados a reprimir aquilo que sentem. Com o fenômeno das redes sociais e a possibilidade de falar sem um interlocutor imediato, a exposição acaba tomando novas proporções.

“Quem desabafa no Facebook, por exemplo, não sabe o alcance do que está falando”, diz Nabuco. Isso porque tendemos a acreditar que só nossos amigos próximos irão ver a mensagem, seja ela qual for. “Nem todos os nossos conhecidos da rede social são nossos amigos de verdade. O Facebook seria a virtualização da praça da cidade, onde as pessoas gritam para serem ouvidas e clamam por justiça”, completa o especialista.
O Brasil é o segundo país com o maior número de perfis do site, com mais de 66 milhões de usuários, quase 30% de toda a população ou 84% dos internautas brasileiros – perdemos apenas para os Estados Unidos, com 167 milhões. De acordo com o instituto SocialBakers, que analisa esses dados, só no ano passado o Brasil teve um crescimento de 30 milhões de usuários, 8 milhões a mais do que a Índia, ficando em primeiro lugar na quantidade de novos membros. E, mesmo com o crescimento desses números, a rede social é um fenômeno novo na sociedade.


“As regras de etiqueta ainda estão se formando. O que percebemos é um uso cada vez mais frequente de temas relacionados ao trabalho”, explica Rogério Sepa, consultor e especialista em redes sociais da consultoria Lee Herch Harrison (LHH/DBM). Segundo ele, sites como Twitter, Facebook e Google+ podem ser um ótimo local para fazer networking, mas não devem ser usados para falar mal do ambiente de trabalho ou dos superiores. “Claro que é possível falar de trabalho no Facebook. Algumas empresas até estimulam essa prática, por gerar mais visibilidade de sua própria marca e de seus produtos”, diz ele.

Segundo uma pesquisa encomendada pela empresa americana de consultoria Jobvite, que ouviu 500 executivos de recursos humanos nos Estados Unidos, as atitudes que mais afetam a imagem dos candidatos a um novo emprego são apologia às drogas (78%), postagens de conotação sexual (66%), vulgaridade (61%), erros de gramática (54%) e apologia ao álcool (47%). Por isso, os especialistas sempre aconselham: pense muitíssimo bem antes de apertar o botão Compartilhar ou criar uma nova postagem.


“As redes sociais viraram um local para legitimar as queixas”, diz Cristiano Nabuco. Ele explica ainda uma técnica que tem sido muito utilizada para refletir sobre o que deve ou não ser do conhecimento do público. “Está com raiva? Sente na frente do computador, abra um documento de texto e deixe a escrita fluir”, diz. Para ele, agir por impulso é o grande problema. “Escreva uma primeira versão e feche o arquivo. Depois, sem olhar esse primeiro documento, escreva uma segunda versão. E depois uma terceira, sem olhar a segunda.” Ele ensina que o que sobrar dessa terceira versão é o que deve ser publicado. “À medida que você conta e reconta uma história, ela assume um tom mais sóbrio”, explica. A calma e o raciocínio vão agir na hora que você está mais ansioso e prestes a cometer uma grande gafe virtual.

“Uma coisa que também tem sido muito difundida são os crimes de internet”, lembra Nabuco. De fato, já não é mais tão fácil falar mal de todo mundo, citar nomes, apontar o dedo e sair impune. Indicadores da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos (CND) apontam o crescimento de 264,50% de denúncias em 2012. Ou seja, ponha a cabeça no lugar e pense antes de tomar qualquer atitude extremada, não importa qual seja o contexto. Foi demitido? Levou um pé na bunda? Não é reconhecido pelos seus esforços? Guarde pra você. “Não confunda as redes sociais com um diário pessoal”, diz Nabuco. Os amigos, virtuais e reais, agradecem.

Matéria publicada na edição de ALFA de abril de 2013


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