DBV,

Seu cachorro está meio estranho? Aprenda a entender o que ele quer te dizer.

18 janeiro Redação DBV - Dicas Bem Viver 0 Comments


Você já se pegou perguntando por que o seu peludo faz isso ou aquilo? E quando ‘aquilo’ é algo esquisito como comer cocô ou grama, arrastar o bumbum no chão, correr atrás do rabo ou cavar o sofá, tem como resolver? E será que tudo é mesmo um problema ou um aviso de que algo não vai bem, como é o caso de pressionar a cabeça contra a parede ou outro objeto firme, que indica problemas graves como envenenamento tóxico ou doença cerebral, que exige atenção imediata?

Uma coisa é certa: é necessário que a gente entenda melhor o nosso bom companheiro. 


1. Comer grama

Ao que tudo indica, esse comportamento é ancestral e está associado a desconfortos como enjoo, gases e cólicas – alguns animais chegam a vomitar depois de ‘pastar’ – mas pode estar associado a necessidades nutricionais (ingestão de fibras) e ao tédio. Se o animal passa longos períodos no quintal, comer grama pode ser uma forma divertida de arrumar o que fazer. Brinquedos interativos, ossos recreativos e passeios longos para cansar o animal podem evitar que isso se torne um hábito (e acabe com seu jardim).

2. Comer cocô

A coprofagia pode ter várias razões: desde imitar a mãe, que come as fezes do filhote para mantê-lo limpo, até o medo de ser punido por ter feito as caquinhas em local inadequado, curiosidade ou deficiência nutricional – o veterinário pode indicar suplementação nesses casos.

3. Cavar

Seu jardim ou sofá parecem um canteiro de obras do Metrô? Cães cavam por diferentes motivos, desde ‘vocação da raça’, caso de animais com DNA caçador, até para conseguir um local mais fresco para se deitar (como fazem os lobos),ou esconder preciosidades, como ossos e brinquedos. A mudança desse hábito requer aumento na atividade física (cão cansado = dono feliz) e treinamento de obediência.

4. Arrastar o bumbum no chão

Pode parecer engraçado (ou meio nojento), mas o comportamento indica que há algo irritando o ânus do seu cão, desde fiapinhos de grama que passaram direto pelo trato digestivo até alergias à tosa, inflamação nas glândulas anais e vermes. Se isso começar a ocorrer com frequência, o bichão precisa de ajuda do veterinário.



5. Correr atrás do rabo

Correr atrás do rabo pode ser apenas brincadeira, principalmente entre filhotes, mas se tornar-se rotina merece investigação, ainda mais se o animal for mais velho – o comportamento pode sinalizar distúrbios neurológicos como a disfunção cognitiva (semelhante a Alzheimer) e a síndrome da cauda equina, que provoca um formigamento na cauda ou nas extremidades das patas traseiras, fazendo com que o animal busque o próprio rabo incessantemente.
6. Pressionar a cabeça

Se você observar seu cão pressionando a cabeça dele contra a parede ou outro objeto firme, há necessidade de sua atenção imediata. A pressão da cabeça é um sinal comum de vários problemas sérios, como envenenamento tóxico ou doença cerebral. Corra para o veterinário imediatamente!

7. Morder

Morder é uma forma de descobrir o mundo e aliviar a coceira da gengiva na troca de dentes, mas o filhote deve aprender desde cedo que não pode fazer disso um hábito. Quando o pequeno meliante atacar seus pés e mãos sem dó, segure o queixo dele com o dedo indicador e pressione o polegar sobre a língua do animal com firmeza, mas sem machucar, repetindo o comando ‘não’.

Em animais adultos, é preciso identificar o que desencadeia as mordidas, desde ansiedade, medo ou agressão. Em muitos casos, é importante o apoio de um especialista em comportamento animal.

8. Xixi fora do lugar

Cada cãozinho tem seu tempo para aprender a fazer as necessidades no lugar certo, e vale lembrar que, mesmo com toda boa vontade, alguns errinhos podem acontecer até por volta dos sete meses, quando os músculos do esfíncter anal, por onde saem as fezes, e do esfíncter uretral, estão totalmente fortalecidos. Se o bicho não for castrado, pode passar a marcar território na adolescência e vida adulta, urinando pela casa toda. Mas se aquele cão perfeito e educado mudar repentinamente seus hábitos, pode ser um sinal de infecção do trato urinário, da bexiga ou dos rins e, em cães mais velhos, até sinal de demência.

Por Cláudia Pizzolatto e Regina Ramoska/Bitcão