Saúde

Memória: sua importância e como preservá-la por mais tempo

02 julho Marcia Cruz 0 Comments


A memória é um processo muito importante do nosso cérebro. Graças a ela podemos lembrar do que aprendemos, vivemos e sentimos, como uma emoção vivida há tempos atrás e a qual temos acesso graças à memória. Às vezes, também acabamos por guardar memórias ruins, as quais preferiríamos esquecer. Mas, no geral, a memória é muito importante e por isso é fundamental saber como ela funciona e como preservá-la por mais tempo.

Através do artigo “Memória: O Que é e Como Melhorá-la”, da Dra. Silvia Helena Cardoso, aprendemos que a memória é uma faculdade cognitiva extremamente importante porque ela  forma a base para a aprendizagem. “Se não houvesse uma forma de armazenamento mental de representações do passado, não teríamos uma solução para tirar proveito da experiência. Assim, a memória envolve um complexo mecanismo que abrange o arquivo e a recuperação de experiências, portanto, está intimamente associada à aprendizagem, que é a habilidade de mudarmos o nosso comportamento através das experiências que foram armazenadas na memória; em outras palavras, a aprendizagem é a aquisição de novos conhecimentos e a memória é a retenção daqueles conhecimentos aprendidos”, diz a Dra Cardoso em seu artigo.


Tipos e Características da Memória

A memória funciona através de diferentes mecanismos neurais e, por este motivo, existem categorias para classificar o tipo de memória. São elas:

- Memória ultra-rápida: cuja retenção não dura mais que alguns segundos.

- Memória  de curto prazo (ou curta duração): que dura minutos ou horas e serve para proporcionar a continuidade do nosso sentido do presente

- Memória de longo prazo (ou de longa duração): que estabelece engramas (ou traços duradouros (dura dias, semanas ou mesmo anos).

De acordo com a Dra Cardoso, em seu seu artigo, nossa habilidade de usar a memória envolve a combinação de algumas estratégias usadas por nosso cérebro para adquirir e guardar informações. São elas: memória explicita, ou memória declarativa, que requer participação consciente do cérebro, envolvendo o hipocampo e o lobo temporal; memória implícita, a qual não requer participação consciente, utilizando estruturas não corticais; memória operacional, que é crucial tanto no momento da aquisição como no momento da evocação de toda e qualquer memória, declarativa ou não; memória declarativa (ou explícita), que reúne tudo o que podemos evocar por meio de palavras (daí o termo declarativa), e subcaracteriza-se em episódica (quando envolve eventos datados, isto é relacionados ao tempo),  semântica (quando abrange a memória do significado das palavras); não-declarativa ou implícita (não precisa ser verbalizada, é a memória para procedimentos e habilidades).


Como acontece a perda de memória

A perda de memória pode estar associada a determinadas doenças neurológicas, distúrbios psicológicos, como também a problemas metabólicos e a certas intoxicações. A forma mais frequente de perda de memória é conhecida popularmente como "esclerose" ou demência.

A demência mais comum é a doença de Alzheimer que se caracteriza por acentuada perda de memória acompanhada de graves manifestações psicológicas como por exemplo a alienação.

De acordo com a Dra Barbosa, “estados psicológicos alterados como o estresse, a ansiedade e a depressão podem também alterar a memória, e a falta de vitamina B1 (tiamina), bem como o alcoolismo levam a perda da memória para fatos recentes e com freqüência estão associados a problemas de confusão mental”.

Doenças da tireóide, como o hipotireoidismo, além do uso de tranquilizantes por tempo prolongado também provocam diminuição da memória, favorecendo a depressão, que pode se confundir com a demência.

A vida sedentária, com excesso de preocupações e insatisfações, bem como uma dieta deficiente, também são fatores que prejudicam a nossa memória e também devem estar na nossa lista de cuidados se quisermos amadurecer com qualidade física e também mental.


A importância de mantermos a memória ativa

Para mantermos a memória ativa é necessário mantermos o hábito de aprendermos coisas novas, para que novas sinapses possam acontecer constantemente, renovando nossa memória para que permaneça funcionando com qualidade.

Para isto, existem alguns exercícios que treinam nossa mente, exercitando o uso da memória, assim como devemos exercitar nosso corpo para mantê-lo flexível e forte, como jogos de xadrez, palavras cruzadas e exercícios mnemônicos, que associam fatos a imagens e são excelentes para nos ajudar a gravarmos informações relevantes, desde nomes de pessoas em eventos a datas importantes.

No mais, também é importante cuidar da qualidade do sono e priorizar uma alimentação balanceada e saudável, lembrando de suplementar a tiamina, o ácido fólico e a vitamina B12, essenciais para o metabolismo dos neurotransmissores envolvidos no processo da memória, além da água, pois a desidratação afeta bastante negativamente a memória, e a saúde, no geral.

Para maiores informações, consulte o artigo da Dra Barbosa na íntegra, no endereço eletrônico http://www.cerebromente.org.br/n01/memo/memoria.htm .

Até o próximo post!!

Marcia Cruz
cruzmarcia@gmail.com