Alimentação saudável,

Obesidade: você é o que você come!!

22 abril Marcia Cruz 0 Comments


Má alimentação e sedentarismo estão entre os principais fatores do aumento da obesidade, uma epidemia mundial que tem aumentado ao redor do mundo e que precisa ser tratada de forma séria. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um em cada oito adultos em todo o planeta é obeso. A projeção é de que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de indivíduos estejam com excesso de peso, sendo mais de 700 milhões com obesidade. Já o número de crianças com sobrepeso e obesidade pode chegar a 75 milhões caso nada seja feito – incluindo 427 mil crianças com pré-diabetes, 1 milhão com hipertensão arterial e 1,4 milhão com aumento do acúmulo de gordura no fígado.

No Brasil, dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), feito em 2018, apontam que mais de 50% da população brasileira tem excesso de peso e atinge, cada vez mais, crianças e adolescentes. 

Entre meninos e meninas de 5 a 9 anos, 33% já estão acima do peso e 15% são considerados obesos. Nesse ritmo, a estimativa é que a obesidade atinja 11,3 milhões de brasileirinhos em 2025. Isto significa que uma a cada três crianças brasileiras estão acima do peso, e isso é gravíssimo, pois crianças obesas tendem a continuar obesas e a levarem consigo todos os problemas de saúde, física e emocional, que a obesidade traz junto.

Não se trata de ter preconceito com as pessoas obesas, e sim o cuidado necessário para que eles entendam que a obesidade é um problema de saúde e precisa ser tratado como tal. 

Gorda, mas não bem alimentada!

Uma pessoa gorda não significa que esteja bem alimentada. Pelo contrário, pois a alimentação saudável conduz ao peso ideal para o tamanho e idade da pessoa. Conduz também a uma melhor saúde e a uma melhor qualidade de vida, como um todo. E creio que este seja o objetivo de todos nós: vivermos bem, com saúde e disposição!

É preciso enfrentar o problema de frente, e com seriedade!! Não se trata de estética, mas de qualidade de vida e também de orçamento público: estima-se que o Brasil já gaste cerca de R$ 16,9 bilhões por ano com tratamentos de problemas relacionados à obesidade, como asma, hérnia de disco e distúrbios cardiovasculares.

Fatores que favorecem a obesidade

Sem dúvida, um dos grandes fatores que favorece o aumento da obesidade é o corre corre do dia a dia, que nos leva a uma dieta desequilibrada, onde os alimentos industrializados e congelados, bebidas adocicadas (como refrigerantes e sucos de caixinha), doces, frituras e os amados fast foods, parecem a salvação, pela praticidade, mas nos cobram um alto preço: a saúde!

Fora isto, o sedentarismo e o fato de passarmos horas sentados, seja por conta do trabalho, do estudo ou da ociosidade, frente a celulares, computadores e aparelhos de tv, seja navegando nas redes sociais, jogando ou curtindo as séries preferidas.

Para fechar este saldo negativo, a silhueta acima do peso aumenta a baixo auto estima que, por sua vez, provoca angústia e ansiedade, que muitas vezes provoca o aumento da fome, só piorando esse ciclo vicioso, e também leva à depressão, que já é considerada outra epidemia mundial. 

O que fazer para sair deste ciclo viciante e mortal?

O primeiro passo é o conhecimento! A gente precisa usar a facilidade de se pesquisar qualquer assunto na internet a nosso favor. Precisamos entender o que, de fato, nos alimenta, e o que nos mata, dia a dia, garfada após garfada... gole após gole... 

E uma das coisas mais chocantes será entender que a base alimentar que nos é empurrada satisfaz a interesses logísticos e financeiros de empresários da área de alimentação, e não a nossa saúde e bem estar. 

Considerado o pai da medicina, Hipócrates sabiamente afirmou: 
“Que a comida seja teu alimento e o alimento tua medicina”.

A boa alimentação é a base da nossa saúde, e é também o que nos manterá ativos por mais tempo, longe das "ferrugens" do tempo, que chegam com a idade e, principalmente, com as doenças, muitas delas provocadas pela má alimentação.



Mas, afinal, qual a base, então, da boa alimentação?

Esta é uma pergunta que vale o tempo de pesquisa, pois nos leva a uma vida melhor, mais saudável e mais vibrante, com mais energia e disposição. 

Uma pesquisa recente do The Brazilian Osteoporosis Study (BRAZOS), feita em 2011 pela USP e pela Unifesp, atestou que os brasileiros sofrem com a chamada fome oculta, que é uma carência nutricional não aparente de um ou mais nutrientes em nosso corpo - ou seja, não existem sintomas muito claros para essa deficiência, mas isso pode refletir em diversas doenças com o passar do tempo. Isso ocorre porque o cardápio alimentar do brasileiro é pobre em vitaminas e minerais.

Refletindo sobre os erros alimentares e o aumento da obesidade, que já virou uma epidemia mundial, a Escola de Saúde Pública de Harvard modernizou a pirâmide alimentar, utilizando as melhores e mais recentes evidências científicas disponíveis para oferecer à população uma ferramenta que facilite as escolhas alimentares que, de fato, proporcionem saúde e o bem-estar. Ela foi batizada de Healthy Eating Pyramid (Pirâmide da Alimentação Saudável) e suas recomendações são valiosas para iniciar um novo estilo de vida.

O que diz a nova pirâmide alimentar?

Ao contrário da pirâmide alimentar anterior, que tinha em sua base o consumo de carboidratos, o modelo de Harvard apresenta como pilares a prática de exercícios físicos e o controle do peso - recomendações que não existiam no esquema anterior. 

De acordo com a equipe de Harvard, esses dois elementos são essenciais para o corpo se manter saudável. Segundo os pesquisadores, fazer uma caminhada de 30 minutos em cinco dias da semana basta para manter o corpo ativo. Se você é adepto de uma atividade mais rigorosa, pode fazer 25 minutos de exercício aeróbico, musculação, dança ou um esporte três dias por semana - ou então combinar tudo da forma que preferir. Aqui, é regra é não ficar parado. 

Além da atividade física, é importante estar sempre dentro do peso ideal e evitar o acúmulo de gordura abdominal, lembrando que o IMC ideal deve estar entre 18,5 e 25 Kg/m², e a circunferência abdominal não deve passar de 102 cm nos homens e 88 cm para as mulheres.

E, claro, comer COMIDA DE VERDADE, restringindo ao máximo o consumo de industrializados. Para Michael Pollan, um jornalista norte-americano que se tornou famoso por suas obras literárias sobre a alimentação moderna, diz que “comida de verdade não entra pela janela do carro”, se referindo aos fast-foods comprados em drive-thrus

Vem comigo, na próxima postagem de VIDA SAUDÁVEL DBV, e conheça as diretrizes da nova pirâmide alimentar. 

Acredite, isto irá melhorar a sua vida, a sua saúde e também a sua beleza!! Afinal, a boa alimentação também nos mantém mais joviais e retardam os efeitos do tempo em nossa pele. 

Até mais!!

Marcia Cruz
Jornalista - Coach - Consultora de Desenvolvimento